TDAH em Adultos

Muita gente acredita que o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) surge apenas na vida adulta, quando aparecem dificuldades no trabalho, nos estudos ou na organização pessoal. Mas a verdade é que o TDAH sempre tem início na infância — o que muda é a forma como os sintomas se manifestam ao longo da vida.

O início: TDAH na infância

O TDAH é um transtorno do neurodesenvolvimento. Isso significa que ele se origina durante a formação e o desenvolvimento do cérebro, ainda na infância.

• Os primeiros sinais costumam aparecer antes dos 12 anos.

• Muitas vezes, passam despercebidos ou são confundidos com “criança agitada” ou “preguiçosa”.

• Quando não diagnosticado cedo, a pessoa cresce com as mesmas características, mas aprende a mascarar ou a lidar de formas diferentes.

Quando chega a vida adulta

Na vida adulta, o TDAH não “aparece de repente” — o que acontece é que as demandas da vida aumentam (responsabilidades financeiras, rotina de trabalho, estudos, relacionamentos) e os sintomas ficam mais evidentes.
Alguns exemplos:

• Dificuldade em manter foco em tarefas longas.

• Esquecimento frequente de compromissos.

• Procrastinação constante.

• Impulsividade em decisões.

• Desorganização no trabalho ou em casa.

Muitos adultos só percebem que podem ter TDAH quando buscam ajuda por ansiedade, estresse ou queda de produtividade.

A importância do diagnóstico correto

É fundamental entender que o TDAH não é adquirido na fase adulta. Para que o diagnóstico seja feito, os especialistas precisam identificar se os sintomas já estavam presentes na infância, mesmo que em intensidade menor.

• Por isso, o médico pode pedir relatos da família, histórico escolar ou até conversar com pessoas próximas.

• Esse resgate da infância ajuda a diferenciar o TDAH de outros transtornos que podem surgir na vida adulta, como depressão ou transtorno de ansiedade.

Convivendo com o TDAH ao longo da vida

Receber o diagnóstico já adulto pode ser libertador. Muitos finalmente entendem o motivo de certas dificuldades e podem buscar o tratamento adequado, que geralmente envolve:

• Medicação (como estimulantes, quando prescritos).

• Terapia cognitivo-comportamental.

• Estratégias de organização e produtividade.

• Apoio da família e do ambiente de trabalho.

Conclusão

O TDAH não nasce na vida adulta. Ele é uma condição que se desenvolve na infância, mas que acompanha a pessoa ao longo de toda a vida. Reconhecer isso é essencial para quebrar mitos, buscar o diagnóstico correto e adotar estratégias que realmente façam diferença no dia a dia.